quarta-feira, 30 de maio de 2012

ROLLING STONES - 50 ANOS


Pouco antes de lançar a polêmica autobiografia - Vida - Keith Richards declarou ser possível um novo disco e conseqüente turnê mundial dos Rolling Stones. Se seria a última ele não soube falar, afinal tantas já foram a ‘última turnê’ de suas vidas que achou melhor não dizer nada a respeito. Certa vez Mick Jagger disse não se imaginar aos quarenta e cinco anos de idade cantando Satisfaction. No entanto Sir Jagger já passou dos sessenta e continua cantando o inevitável maior sucesso de suas carreiras.
Controvérsias, escândalos e confusões sempre fizeram parte da história dos Rolling Stones. Desde suas primeiras apresentações em 1962 os ingleses eram vistos como maus elementos. Não eram apresentáveis como seus rivais de Liverpool e suas músicas na maioria das vezes não falavam de amor, família e esperança como os ‘outros’. No início eram um sexteto com o tecladista Ian Stewart completando o time que tinha Mick Jagger, voz; Keith Richards e Brian Jones, guitarra; Bill Wyman, baixo e Charlie Watts, bateria. O então empresário Andrew Oldham não achava que Ian Stewart tinha exatamente a imagem que o grupo pedia, era comportado demais. Mais a frente ele ainda faria parte dos Stones, mas como músico convidado.
No início de suas carreiras o repertório era baseado em cover’s de seus ídolos Little Richards, Bo Diddley, Chuck Berry e Everly Brothers. Só a partir de 1965 é que começou uma das maiores parcerias da história do rock. Jagger/Richards passaram a ser responsáveis pela grande maioria das composições do grupo. No ano seguinte o álbum ‘Aftermath’ já saiu com composições exclusivas dos Stones. Em 1967 a canção Let’s Spend The Night Together foi censurada em uma apresentação na TV. A letra era considerada lasciva para a época. Daí em diante ocorreu uma série de prisões por porte de drogas e os processos eram constantes. No ano seguinte saiu a obra prima ‘Beggar’s Banquet’, ultimo trabalho de Jones com o grupo, que deixou em junho de 1969 e um mês depois foi encontrado morto na piscina de sua casa.  Pra seu lugar foi chamado Mick Taylor. Já com o novo guitarrista aconteceu o fatídico concerto em Altamont, quando alguns dos Hell’s Angels, responsáveis pela segurança do show, mataram um fã que estava segurando uma arma, durante Sympathy for The Devil. Durante longos seis anos, os Stones não tocaram essa música. Na década de 1970 lançaram, já pelo próprio selo, clássicos como ‘Sticky Fingers’, ‘Exile on Main Street’ e ‘Goat’s Head Soup’. Em 1975, sai Taylor e entra Ron Wood, ex-Faces. Os anos seguintes são de álbuns irregulares, excetuando talvez, ‘Tatoo You’, ‘Steel Wheels’ e ‘Voodoo Lounge’, esse ultimo já em 1994.
A verdade é que, a considerada por muitos a ‘maior banda de rock n’ roll do mundo’ talvez já não tenha assim mais tanto tempo de vida útil em cima de um palco; portanto se você é fã e os caras anunciarem uma turnê que passe pelo Brasil (provavelmente em 2013), não perca essa possível ultima chance de ver os ingleses. Long Live Rolling Stones!!