Pouco antes de lançar a polêmica
autobiografia - Vida - Keith Richards declarou ser possível um novo disco e
conseqüente turnê mundial dos Rolling Stones. Se seria a última ele não soube
falar, afinal tantas já foram a ‘última turnê’ de suas vidas que achou melhor
não dizer nada a respeito. Certa vez Mick Jagger disse não se imaginar aos
quarenta e cinco anos de idade cantando Satisfaction.
No entanto Sir Jagger já passou dos sessenta e continua cantando o inevitável
maior sucesso de suas carreiras.
Controvérsias, escândalos e confusões sempre
fizeram parte da história dos Rolling Stones. Desde suas primeiras
apresentações em 1962 os ingleses eram vistos como maus elementos. Não eram
apresentáveis como seus rivais de Liverpool e suas músicas na maioria das vezes
não falavam de amor, família e esperança como os ‘outros’. No início eram um
sexteto com o tecladista Ian Stewart completando o time que tinha Mick Jagger,
voz; Keith Richards e Brian Jones, guitarra; Bill Wyman, baixo e Charlie Watts,
bateria. O então empresário Andrew Oldham não achava que Ian Stewart tinha
exatamente a imagem que o grupo pedia, era comportado demais. Mais a frente ele
ainda faria parte dos Stones, mas como músico convidado.
No início de suas carreiras o repertório era
baseado em cover’s de seus ídolos
Little Richards, Bo Diddley, Chuck Berry e Everly Brothers. Só a partir de 1965
é que começou uma das maiores parcerias da história do rock. Jagger/Richards passaram a ser responsáveis pela grande
maioria das composições do grupo. No ano seguinte o álbum ‘Aftermath’ já saiu
com composições exclusivas dos Stones. Em 1967 a canção Let’s Spend The Night Together foi censurada em uma apresentação na
TV. A letra era considerada lasciva para a época. Daí em diante ocorreu uma
série de prisões por porte de drogas e os processos eram constantes. No ano
seguinte saiu a obra prima ‘Beggar’s Banquet’, ultimo trabalho de Jones com o
grupo, que deixou em junho de 1969 e um mês depois foi encontrado morto na
piscina de sua casa. Pra seu lugar foi
chamado Mick Taylor. Já com o novo guitarrista aconteceu o fatídico concerto em
Altamont, quando alguns dos Hell’s Angels, responsáveis pela segurança do show,
mataram um fã que estava segurando uma arma, durante Sympathy for The Devil. Durante
longos seis anos, os Stones não tocaram essa música. Na década de 1970
lançaram, já pelo próprio selo, clássicos como ‘Sticky Fingers’, ‘Exile on Main
Street’ e ‘Goat’s Head Soup’. Em 1975, sai Taylor e entra Ron Wood, ex-Faces.
Os anos seguintes são de álbuns irregulares, excetuando talvez, ‘Tatoo You’,
‘Steel Wheels’ e ‘Voodoo Lounge’, esse ultimo já em 1994.
A verdade é que, a considerada por muitos a ‘maior banda de rock n’ roll do mundo’ talvez já não
tenha assim mais tanto tempo de vida útil em cima de um palco; portanto se você
é fã e os caras anunciarem uma turnê que passe pelo Brasil (provavelmente em
2013), não perca essa possível ultima chance de ver os ingleses. Long Live Rolling Stones!!
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