BACAMARTE E O PROGRESSIVO
DOS ANOS 70 NO BRASIL
Recentemente
o Bacamarte voltou à ativa. Sem
dúvida uma das melhores noticias do ano pro nosso combalido “Nacional Rock”. O
Bacamarte começou e teve um mediano sucesso no Rio de Janeiro e só foi
devidamente reconhecido no resto do sul e sudeste do Brasil após ‘descobrirem’
que a vocalista da banda era nada mais nada menos que a melhor cantora do país:
Jane Duboc (mãe de (Jay Vaquer). A
essas alturas ela já estava com um relativo sucesso na carreira solo, gravando
músicas sub-brega-mpb. Mas esse é um assunto pra outra hora... O Bacamarte era
comandado pelo guitarrista e compositor Mario Neto e como todas as bandas
brasileiras da época, bebiam fortemente no progressivo europeu, sobretudo em
Genesis, Yes e Emerson, Lake & Palmer. A noticia da volta do sexteto, com
Jane Duboc, veio na mesma época da vinda de Martin Turner (ex-Wishbone Ash) ao
Rio de Janeiro; e os cariocas fizeram a abertura desse show na terceira edição
do Rio Prog Festival. E como citado acima, outras bandas brasileiras também
praticavam rock progressivo da melhor qualidade: Casa das Maquinas, Som Imaginário (banda de Milton
Nascimento), Recordando o Vale das Maçãs,
Modulo 1000, Terreno Baldio, Moto
Perpétuo (de onde saiu Guilherme Arantes),
Mutantes (segunda fase), Som Nosso de Cada Dia, O Terço
(de onde saíram Flavio Venturini e Sergio Magrão para formar o 14 Bis), Sagrado Coração da Terra (inicio do
anos 80 -de onde saiu Marcus Vianna), entre outras. Quase todas essas bandas tiveram
sua obra relançada em CD nos últimos quinze anos. Vale a pena dar uma procurada
(ou ‘baixada’) por aí. Em tempos em que qualquer banda americana ou europeia
que põe um tecladinho nas músicas é chamada de prog metal, esses caras
brasileiros mostravam o que era fazer o verdadeiro rock progressivo com poucos
ou nem um recurso de programações e bit’s pré programados.
*Rodrigo
Lee é músico e profundo admirador de rock progressivo inglês.
(www.musicaurb.blogspot.com)
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