domingo, 23 de setembro de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
PATTI SMITH - BANGA
quarta-feira, 30 de maio de 2012
ROLLING STONES - 50 ANOS
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Por que Música Urbana?

Quando tive a idéia do blog e disse o nome dele a algumas pessoas, elas me perguntavam: por que Música Urbana? Bom, os motivos não são poucos e também não sei a ordem exata deles, mas eu nunca gostei de ‘música do mato ou da natureza’, ou seja, músicas feitas e praticadas na praia com toda aquela preguiça característica de luau com violões e palminhas e ainda, a chamada música sertaneja raiz sempre me deprimiu e me deixou com a interrogação de que, se a vida rural ou em contato com a natureza é tão boa, porque os sertanejos sempre fizeram aquelas canções com letras tristes, sofridas, conformistas e de derrotados??? As músicas compostas ‘na cidade’ sempre me pegaram mais; talvez pelo fato de nunca ter morado na zona rural, nunca ter passado as férias na casa de um suposto parente que pudesse morar na fazenda e como conseqüência nunca me familiarizei com mato, terra, natureza e com a alegada paz que tudo isso possa causar. Sempre vivi em paz na cidade, com transito, barulho, poluição sonora, luzes e tudo mais que a vida urbana me proporcionou. Deixo claro que apesar de não gostar da vida no campo tenho o maior respeito pelas pessoas que vivem, trabalham no campo e admiram essa vida. E os outros motivos do livro se chamar Música Urbana é que é o nome de uma música composta pelo maior nome da minha geração, Renato Russo e por ser a primeira faixa do primeiro disco da banda brasileira que eu mais escutei na vida, Capital Inicial. Só esse último motivo já bastaria prá que eu pusesse esse nome no blog. O Capital sempre foi minha banda preferida e nunca neguei que minha maior influencia de palco como músico era e é o Sr. Dinho Ouro Preto.
sábado, 10 de março de 2012
MORRISSEY (Chevrollet Hall - BH - 07/03/12)

por Rodrigo Lee *
O que se via na porta do Chevrollet Hall em Belo Horizonte eram várias tribos que povoam o rock n’ roll mundial: dark’s, punk’s indie’s, metaleiros entre outros. E essa é a prova da diversidade do publico do ex-The Smiths, Morrissey, um dos maiores ícones do pós-punk inglês, surgido há décadas atrás. A capital mineira esperou por esse show a vida inteira, pois quando de sua visita anterior ao Brasil, o músico não havia se apresentado por lá. A abertura contou com a presença da cantora americana Kristeen Young, uma sub mistura de Kate Bush com Bjork. Show totalmente desnecessário e dispensável.
Após uma rápida preparação para a atração principal, as cortinas, literalmente, descem e surge o mito: Morrissey! As primeiras músicas, ‘First of The Gang to Die’ e ‘You Have Killed Me’ já levam os súditos ao delírio. O que se segue são canções de sua carreira solo, entremeadas com alguns clássicos eternos do The Smiths. Tais clássicos foram responsáveis pelos momentos catárticos do show: ‘I Know It’s Over’, ‘There is a Light That Never Goes Out’, ‘Still Ill’ e ‘Please Please Please Let Me Get What I Want’ arrancaram lágrimas! Da fase solo o ponto alto foi ‘Everyday is Like Sunday’ com as luzes do local sendo quase totalmente acesas provocando emoção até no próprio inglês, famoso pela frieza e distancia. Inesquecível!
No meu caso foi uma grande satisfação e prazer estar em um show de um dos meus últimos ídolos do rock inglês, vivo e em forma!! Long Live Morrissey!!!
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
35 ANOS DE PUNK ROCK

Se pensarmos nos britânicos Sex Pistols e The Clash, o punk está completando 35 anos de existência, porém a história começa bem mais cedo, quando em 1969 uma banda chamada MC5 soltou no mercado fonográfico o emblemático Kick Out The Jams. Pesado e sujo, mas com influências diretas de blues e rock n’ roll, os americanos as confirmaria em seu segundo disco, 'Back in The USA' e depois disso se perderiam no tempo, assim como seus contemporâneos New York Dolls e The Stooges. Esse último revelando para o mundo o grande Iggy Pop. A década de 70 foi frutífera para músicos que gostavam de ‘esmerilhar’ em seus instrumentos. Por isso o surgimento do rock progressivo de Genesis, Yes, Triumvirat, Pink Floyd, Renaissance, Trace e outros foi o alvo dos músicos que queriam fazer música com apenas três acordes. Abusando do lema do-it-yourself o movimento punk inglês teve nos Sex Pistols seu maior expoente. Letras de revolta e inconformismo eram o mote para outros grupos que foram surgindo como The Clash, Buzzcocks, The Jam, Exploited e The Damned na Inglaterra e Ramones, Patti Smith e Dead Kennedys nos EUA. Infelizmente o nosso espaço aqui é pequeno para expormos toda a importância do punk na música, moda e comportamento nos últimos 35 anos.
No Brasil os maiores nomes são os paulistas: Cólera, Ratos de Porão, Olho Seco, Inocentes, Verminose, Restos de Nada e Garotos Podres. Em outros estados pipocaram alguns nomes como: Aborto Elétrico, Blitx 64 e Detrito Federal (Brasília), Banda do Lixo (BH), Coquetel Molotov (RJ) e Replicantes (RS), porém sem a força do que foi o movimento em São Paulo.
Com o passar dos anos surgiram na Europa algumas bandas do chamado pós-punk como: Joy Division, The Cure, Siouxsie & The Banshees, Killing Joke, The Smiths e Psychedelic Furs.
Sem a energia e a pegada de antes, o punk só foi vagamente lembrado nos anos 90 quando surgiram os americanos Off Spring e Green Day praticando o que poderíamos chamar de neo-punk. No Brasil algumas bandas como Cpm 22 e Hateen migraram do hardcore (divisão do punk) para o emocore (vertente do hardcore). A verdade é que o legado ficou para as novas gerações.
Para os iniciados gostaria de indicar alguns discos básicos: 'Never Mind The Bollocks' - Sex Pistols, 'The Clash' - The Clash, 'Rocket to Russia' - Ramones, 'Radio Ethiopia' - Patti Smith Group e 'Fresh Fruits for Rotting Vegetables' - Dead Kennedys. No Brasil alguns discos representativos são: 'Descanse em Paz' - Ratos de Porão, 'Pânico em SP' - Inocentes, 'Mais podres do que Nunca' - Garotos Podres e 'O Futuro é Vortex' - Replicantes
Duas leituras básicas são os livros: ‘O que é Punk’ de Antonio Bivar e ‘Mate-Me Por Favor’ de Legs McNeil & Gillian McCain.
Punk’s Not Dead!
Long Live Punk-Rock!
* Rodrigo Lee é músico e admirador de punk rock.